terça-feira, 31 de março de 2020

Projeto Vamos Aprender Brincando


Coordenação Lilian Catenacci

O projeto Vamos aprender brincando? Elaboração de materiais educativos para promoção de educação ambiental e saúde no sul do Piauí tem como principal objetivo trabalhar temas importantes referentes ao meio ambiente e suas vertentes para a região de Bom Jesus do Piauí em escolas urbanas e rurais.

Os discentes que desenvolvem o projeto levam os temas usando um método lúdico e ajudam que os alunos  contemplados aprendam mais e desenvolvam um senso crítico para as problemáticas ambientais assim se tornam indivíduos conscientes e engajados.
O projeto também contempla o assentamento de choupeiro localizado em Eliseu Martins- Piauí, as visitas são feitas a escola  uma vez por mês e é desenvolvida as mesmas temáticas realizadas em bom jesus visando os mesmos objetivos.


Discentes do projeto no dia 'C' da ciência com alunos
 da Escola Municipal João Pinheiro.

Discentes da Escola Municipal João Pinheiro fazendo uma visita técnica
na UFPI e sendo recepcionado pela orientadora do projeto.

Discentes do projeto realizando ação no Assentamento Choupeiro.

Discentes do projeto realizando ação na Escola Municipal João Pinheiro.

Discentes do projeto realizando a ação na Escola Joaquim Rosal Sobrinho.
Discentes do projeto realizando ação na Escola Municipal João Pedro da Fonseca.
Discentes do projeto no dia 'C' da ciência com os alunos da
Escola Municipal Almerinda da Fonseca.

Projeto Quintais Agroecológicos e as Mulheres no Protagonismo dos Processos Produtivos e Econômicos da Chapada das Mangabeiras

Coordenação: Pollyana Oliveira da Silva  
Zootecnia

O projeto tem por objetivo o acompanhamento de mulheres rurais na implantação de quintais agroecológicos, capacitação de suas produções e comercialização e fortalecimento do seu processo de transição agroecológica no território da Chapada das Mangabeiras no Semiárido Piauiense. Este Projeto é uma parceria entre a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário – SEAD, do Governo Federal, e a Universidade Federal do Piauí - Campus Professora Cinobelina Elvas – UFPI – CPCE. As ações acontecem no Território da Chapada das Mangabeiras, Semiárido Piauiense, beneficiando 30 mulheres agricultoras agroecológicas.

Desta maneira, é fundamental o uso de ferramentas metodológicas já utilizadas no Brasil aplicadas a partir de uma perspectiva feminista de assessoria técnica com as mulheres rurais. Para tanto são realizadas atividades coletivas de planejamento, avaliação e capacitação com as mulheres agricultoras. Três cursos de capacitação ocorrerão durante a execução do projeto: I - Sistema Agroflorestais, II - Comercialização de Produtos Agroecológicos e III - Gestão da Caderneta Agroecológica. Um total de 30 quintais produtivos agroecológicos serão implantados e acompanhados a partir de visitas técnicas. Seminários e intercâmbios entre mulheres produtoras rurais do semiárido piauiense e brasileiro acontecerão para trocas de experiências.

Além disso, as experiências acumuladas no decorrer do projeto são socializadas a partir da realização de feiras das agricultoras agroecológicas, publicação de cartilhas e vídeo documentário. O acompanhamento e assessoria em suas práticas produtivas e de comercialização poderá garantir um ambiente de empoderamento das mulheres, dando visibilidade e reconhecimento ao seu protagonismo nas esferas familiares, de grupos produtivos e na sociedade.

Projeto Semeando Agroecologia

Coordenação:  Valcilene Rodrigues da Silva e Kelci Anne Pereira
Licenciatura em Educação do Campo


O projeto foi fundado em janeiro de 2018 e tem por objetivo sensibilizar as comunidades rurais do Vale do Gurguéia para processos de transição agroecológica e promoção da soberania alimentar e nutricional a partir do resgate de saberes, sementes e sabores locais. O incentivo ao resgate dos saberes e sabores se caracteriza como um processo educativo participativo que consolida o compromisso da universidade com os camponeses do Vale do Gurguéia, por meio da extensão universitária. 

Todas as atividades propostas são orientadas pelos pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa ação, que promovem relações entre diferentes saberes, sujeitos, temporalidades e territorialidades, em busca da construção de um projeto de base agroecológica. Os participantes do projeto são camponeses e camponesas, professores(as) e estudantes do CPCE. O projeto integra o Programa de Extensão NAGU e, em âmbito interinstitucional, se realiza em cooperação com o Núcleo de Educação, Pesquisa e Práticas em Agroecologia e Geografia (NEPPAG-UFPE).

Equipe do projeto em de planejamento das atividades e debate de textos.

Conhecendo experiencias agroecológicas em Pernambuco.

Banco de sementes crioulas sendo implantado pelas professoras e estudantes da  Escola João Vieira da Silva, Santa Luz Piauí 




Projeto Agroecologia e Cartografia Social como Estratégias Educativas ao Uso de Agrotóxicos nas Comunidades Camponesas do Sul do Piauí

Coordenação: Bernadete Maria Coelho Freitas e Sônia Maria Ribeiro de Souza

O objetivo do projeto é ofertar aos camponeses e camponesas do sul do Piauí à apropriação de elementos da cartografia social e da agroecologia como alternativa ao uso de agrotóxicos, a partir de processos educativos e de fomento à luta por direitos no campo. 

Nas últimas décadas presenciou-se o aumento do uso de agrotóxicos no Brasil, tornando-se o maior consumidor de agrotóxicos desde 2008, fenômeno que gerou impactos à saúde e ao ambiente. Esse avanço deveu-se ao crescimento das áreas de agronegócio, mas também ao aumento do uso de agrotóxicos por parte de camponeses. Segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, analisados por Bombardi (2011), cerca de um terço dos camponeses utilizam agrotóxicos no país, questão que tem gerado uma dependência do uso de agroquímicos por essa agricultura, impulsionando a apropriação da renda da terra pelos agentes do mercado de comercialização destes insumos químicos, enquanto os camponeses permanecem empobrecidos. Outros efeitos são as mortes e intoxicações humanas e a contaminação ambiental e dos alimentos decorrentes do uso de agrotóxicos (BOMBARDI, 2017; RIGOTTO, 2011). 

Ressalta-se que a agricultura de familiar é responsável pela produção da maior parte dos alimentos que abastecem as populações rurais e urbanas do país, estimada em cerca de 70% do total, de acordo com o Censo Agropecuário (2006). Como estratégia para amenizar tais problemáticas, processos educacionais relacionados à produção camponesa têm sido verificados no âmbito da educação do campo e da agroecologia como essenciais à mudança das formas de produção (ALTIERI, 2002; CAPORAL, 2006; BATISTA; MOLINA, 2015). Neste projeto, a formação sobre cartografia social, uso de agrotóxicos e alternativas agroecológicas podem contribuir para o fortalecimento da produção mais saudável e a diminuição da dependência do uso de agrotóxicos pela agricultura camponesa. Para o desenvolvimento do trabalho serão realizadas oficinas de cartografia social, cursos acerca dos princípios agroecológicos, impactos do uso de agrotóxicos e as alternativas no campo, envolvendo metodologias participativas em todo processo formativo. Espera-se que o estudo possa contribuir com o debate no âmbito da agroecologia, incentivando novas atividades de extensão e novas práticas educativas e agroecológicas, ao passo que apresente subsídios às políticas públicas e à melhoria da qualidade de vida dos/as camponeses/as e dos consumidores de alimentos das áreas urbanas e rurais, contribuindo para garantia da soberania e segurança alimentar e para amenizar as desigualdades regionais e sociais no país. 

Projeto Educação Ambiental, Prevenção de Acidentes Ofídicos e Conservação da Biodiversidade em Comunidades Rurais do Vale do Gurgueia, Piauí

Coordenação: Davi Pantoja e Lilian Catenacci


As serpentes estão distribuídas por quase todo o planeta e surgiram milhares de anos antes dos humanos, que evoluíram em convivência com as serpentes. Nossos comportamentos, pensamentos e nossa cultura, notadamente apresentam traços moldados pela interação entre humanos e serpentes. Serpentes fazem parte do imaginário humano, individual e coletivo. Devido a nocividade das picadas de serpentes e os frequentes acidentes, o medo, aversão e outros sentimentos negativos se difundiram na humanidade. Como consequência, as serpentes são perseguidas e mortas pelos humanos, ameaçando a sobrevivência desse grupo de organismos. 

Embora sejam frequentemente vistas de maneira negativa, as serpentes são de fundamental importância para o funcionamento dos ecossistemas naturais, dos quais dependemos, e seu veneno serve de matéria prima para indústria farmacêutica, o que gera renda ao mesmo tempo em que promove a saúde humana ao se converterem em importantes medicamentos. Dessa forma, a perda da biodiversidade também compromete a qualidade de vida humana, e a reversão desse cenário de risco requer mudança de postura das pessoas quanto à forma de se relacionarem com as serpentes. A educação ambiental é uma prática transformadora da sociedade que pode nos auxiliar nesse sentido. 

O objetivo do projeto é realizar um curso itinerante de educação ambiental pelas comunidades rurais no Vale do Gurgueia para trabalhar as relações dessas comunidades com as serpentes e seus habitats na região, abordando simultaneamente saúde pública e conservação da natureza. As atividades serão desenvolvidas durante dois anos (2019-2020) e buscarão integrar o conhecimento científico ao conhecimento tradicional, promovendo o entendimento sobre os traços ecológicos das espécies da região e sensibilização quanto a importância de sua conservação. Mais especificamente, o curso objetiva oferecer: 1. treinamento para identificação das espécies peçonhentas de importância médica; 2. treinamento sobre os procedimentos de prevenção e mitigação dos acidentes ofídicos; e 3. formação para convivência harmônica e sustentável entre humanos e serpentes. 

O projeto é desenvolvido em comunidades rurais da mesorregião Alto-Médio Gurgueia no estado do Piauí, priorizando-se a abrangência de atuação do Núcleo de Agroecologia e Arte do Vale do Gurgueia (NAGU/UFPI). Quatro municípios são contemplados: Bom Jesus (comunidades Eugenópolis, Barra Verde, Piripiri, Gruta Bela, Corrente dos Matões, Assentamento Conceição, e Resfriado), Currais (Brejo da Conceição e Parabatins), Elizeu Martins (Assentamento Chupeiro / Escola Família Agrícola de Elizeu Martins – EFAEM) e Alvorada do Gurgueia (comunidades próximas à Fazenda Experimental da UFPI), totalizando 12 comunidades rurais.





Projeto Cenas Camponesas

Coodenação: Kelci Anne Pereira, Valcilene Rodrigues da Silva e Ozaias Antônio Batista
Licenciatura em Educação de Campo

O Cenas Camponesas é um projeto de extensão da UFPI (campus de Bom Jesus), fundado em novembro de 2017, no âmbito da Licenciatura em Educação do Campo e do Núcleo de Agroecologia e Artes do Vale do Gurgueia (NAGU).
 O objetivo é socializar os meios de produção do teatro político junto a povos e comunidades camponesas do Sul do Piaui, por meio de cursos, oficinas, intercâmbios e apresentações de peças teatrais que tematizam as lutas, os conflitos e os modos de vida criados pelo campesinato em defesa de seus territórios.
A premissa básica do projeto é que a arte teatral é uma linguagem essencial ao desenvolvimento humano e à emancipação da classe trabalhadora, pois envolve o estudo da realidade e do humano, de meios formais para narrar e reimaginar o mundo, bem como modos de produção horizontais e participativos, interessados em apoiar a organização social dos trabalhadores.
O desafio do projeto, nesse sentido, é estimular a criação de experiências culturais que funcionem como processos de educação popular permeados por mediações críticas e esteticamente engajadas, em defesa da reforma agrária popular.
Para cumprir seus objetivos, os membros do Cenas Camponesas atuam em conjunto com outros coletivos teatrais do DF e GO, no âmbito da Rede Terra em Cena, e desenvolvem trabalhos de base em diversas comunidades da região do vale do Gurguéia.
As inspirações para o projeto provêm do Teatro do Oprimido, do Teatro Dialético e do Teatro de AgitProp, bem como das experiências latino-americanas que decorrentes dessas abordagens, tal como o trabalho dos Centros Populares de Cultura da UNE e as Brigadas contemporâneas de Teatro Político dos Movimentos Sociais Camponeses.
A atividade de extensão dá sentido a práticas de ensino, estudo e pesquisa também desenvolvidas pelos integrantes do Cenas Camponesas.


Foto: Elenco da peça "Luta nossa, camponesa!" após apresentação no teatro Augusto Boal/UNB-Planaltina/DF.
Foto: Elenco da peça "Luta nossa, camponesa!" após apresentação no auditório central do CPCE, realizada durante o II Seminário "Matopiba:perspectivas populares".